terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Ufa consigo respirar."

É fascinante te ver “citar Dom Casmurro”, Machado fascina... me apossarei dele para iniciar ou continuar, minha, tua, nossa viagem... “Pois, francamente, só agora entendia a comoção que me davam essas e outras confidências (...) Os silêncios dos últimos dias, que me não descobriam nada, agora os sentia como sinais de alguma cousa, e assim as meias palavras, as perguntas curiosas, as respostas vagas, os cuidados, o gosto de recordar a infância.”



Ah “minha consciência” no fundo do oceano há vida... são todas dotadas de especiais habilidades para lidar com o escuro...enxergam além e através da imensidão negra...

Trazes-me a infância e tudo se torna diferente mesmo estando no fundo do oceano... fecho os olhos e logo sou peixe, cavalo marinho, estrela do mar, até mesmo um tubarão, “rrrrr...te dou medo?” (risos) ...

“Ufa consigo respirar.”

Quantos sentimentos me trazem tuas confidências... tinhas razão, me levas aos extremos...mas eu te entendo, mesmo quando não me confidencias...



Sei bem o quão realistas és, e sabes tu que não seria correto iludir-me... já a Fé, ah a Fé, queria eu acreditar, porém aqui onde estou ela não passa de esperança...e essa “minha consciência” a ESPERANÇA, é desgraça de palavra, comparo esse sentir a um “conta gotas cheio de veneno”, ao qual nos “medicamos”, gota-a-gota, dia-a-dia...costumo dizer que a “esperança é a última que mata”... tal desgraça que nos prende ao que nos fere, pois nos faz acreditar na mudança, essa ocorre, mas não de acordo com nossos tão sonhados desejos. “Tola EU”.

Sim perdi a “fé” e culpo a “esperancinha”.



Os outros... “Elas são assim mesmo. É preciso não lhes querer mal por isso.”...

“(...) havia, como em todos os outros planetas, ervas boas e más. Consequentemente, sementes boas , de ervas boas; e sementes más, de ervas más.”





... As vezes deixar o mistério do país das lágrimas nos invadir faz bem. (Minha Consciência)