quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Tempo....


...ouso discordar de meu Eu...e concordar também...concordo: o Tempo é elemento essencial da mudança...mas ele por si só nada faz...basta imaginar uma pedra na beira d´água...passe o tempo que for, ela não mudara´..porquanto as mudanças havidas nela são obras da água, do sol, das tempestades e das vezes em que é chutada ou que alguém resolve lapidá-la...

sim há tempo para tudo..e para tudo há seu tempo...mas ele é mero coadjuvante..mero aspecto temporal...não importa o tempo que passe..mas as lições tiradas de cada situação...podemos amadurecer em um segundo o que pode-se levar uma vida inteira...

não é o tempo que ameniza as dores ou põe ordem na casa...mas nossas atitudes...olhar de fora a vida de dentro...achar novas maneiras de ver a mesma coisa...



Valorizar o tempo...esta ampulheta tão frágil...isso sim é compreender o sentido de estarmos aqui...basta piscar os olhos e ele já se foi..hoje virou ontem e amanha não passa de obsoleta esperança....

Se mudei, se mudou ou se mudamos? Sim e não....todo dia sou folha em branco...ao menos tento ser...tento ver tudo novo de novo...mas fica sempre a minha essência..essa teimo em dizer: Não muda!...é domada por vezes...mas mudar, não muda....quanto a você: mudou?! Sim e não...mas a teu respeito nada posso dizer..não sei o que vai na tua alma...acredito que nem tua saibas ao certo..ou tenha medo de ter certeza...temos tanto medo de decidir, porque nos tornamos responsáveis, únicos responsáveis....Mudamos: com sorte sim...que enfadonho seria não mudar...

“Mas deixamos o que passou passar...e que o tempo descanse a gente.”



...Passou? o passado só é passado quando permitimos..quando decidimos que assim o seja...ou quando ao menos mantemos os fantasmas no sótão...





SINTO...e sentir hoje me traz vida...amo, tenho ciúmes, medo de perder, choro, divirto-me e faço outros rirem...não sou interrogação...sou reticências..sou tempo que não para nunca.

Ass. Tua Consciência...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Interrogação"

Sim tenho que concordar com Pessoa, não somos mais os mesmos. Apesar de não me sentir mais a mesma, me reconheço no que passou, vejo como o caminho percorrido, como os fatores reflexivos para que tal mudança ocorresse.




Mundo complexo, pessoas complexas, pensamentos confusos.


Não sei destroçar como se dá esse processo de mudanças, também não sei se um dia terei tal entendimento.
Mas se há um culpado pela mudança esse deve ser o tempo...
E me utilizo aqui de linhas de um poema de palavras simples para dar-lhe mais culpa ainda.


“Com o Tempo conseguimos mudanças.
Com o Tempo as feridas da dor se tornam cicatrizes.
Com o Tempo as flores se abrem.
Com o tempo o homem escrever a sua história.
Com o Tempo descobrimos que tudo passa, por mais pesada que a tempestade esteja.
Com o Tempo temos a certeza que o nascer do sol vai ser esplendido
E que a Noite vai chegar.
Com o Tempo vemos filmes de nossas vidas rodarem sem pausas.
Com o Tempo conquistamos novas amizades, novas Confianças, novos Confidentes.
Com o Tempo, descobrimos que tudo na Vida
É Questão de Tempo!”
(Fabiana Thais de Oliveira)



Pode parecer simplista pensar dessa forma, mas mesmo assim insisto em responsabilizá-lo com importância, como grande protagonista dessa peça chamada vida. Ah, que peça...
Penso, não há como participar dessa peça sem mudar.



Mudei eu, mudou você, ou mudaram nós???


“Que é isto, e para que é isto? Quem sou quando sinto? Que coisa morro quando sou?” (Pessoa)


Sinto-me hoje, interrogação.



Mas deixamos o que passou passar...e que o tempo descanse a gente.





sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Pessoa diz tudo

...Resolvidas algumas de nossas questões práticas: A DOR (pelo menos a fratura mais exposta dela..rs..)..voltemos as divagações:



Mas hoje deixo Pessoa falar por mim, (de mim e parece-me que para mim):


“Toda a vida da alma humana é um movimento na penumbra. Vivemos, num lusco-fusco da consciência, nunca certos com o que somos ou com o que nos supomos ser. Nos melhores de nós vive a vaidade de qualquer coisa, e há um erro cujo ângulo não sabemos. Somos qualquer coisa que se passa no intervalo de um espectáculo; por vezes, por certas portas, entrevemos o que talvez não seja senão cenário. Todo o mundo é confuso, como vozes na noite.


Estas páginas, em que registo com uma clareza que dura para elas, agora mesmo as reli e me interrogo. Que é isto, e para que é isto? Quem sou quando sinto? Que coisa morro quando sou?Como alguém que, de muito alto, tente distinguir as vidas do vale, eu assim mesmo me contemplo de um cimo, e sou, com tudo, uma paisagem indistinta e confusa.


É nestas horas de um abismo na alma que o mais pequeno pormenor me oprime como uma carta de adeus. Sinto-me constantemente numa véspera de despertar, sofro-me o invólucro de mim mesmo, num abafamento de conclusões.


De bom grado gritaria se a minha voz chegasse a qualquer parte. Mas há um grande sono comigo, e desloca-se de umas sensações para outras como uma sucessão de nuvens, das que deixam de diversas cores de sol e verde a relva meio ensombrada dos campos prolongados.


Sou como alguém que procura ao acaso, não sabendo onde foi oculto o objecto que lhe não disseram o que é. Jogamos às escondidas com ninguém.


Há, algures, um subterfúgio transcendente, uma divindade fluida e só ouvida.


Releio, sim, estas páginas que representam horas pobres, pequenos sossegos ou ilusões, grandes esperanças desviadas para a paisagem, mágoas como quartos onde se não entra, certas vozes, um grande cansaço, o evangelho por escrever.


Cada um tem a sua vaidade, e a vaidade de cada um é o seu esquecimento de que há outros com alma igual. A minha vaidade são algumas páginas, uns trechos, certas dúvidas…


Releio? Menti! Não ouso reler. Não posso reler. De que me serve reler? O que está ali é outro. Já não compreendo nada…”




(Livro do Desassossego- Fernando Pessoa)


Ass. Tua Consciencia

domingo, 13 de setembro de 2009

Dói..

Não tinha dúvidas que entenderias...não pense que não foi e que não são com lágrimas que escrevo.

Sei que não me decepcionarás confio em teu amor, mas quero que também tu “minha consciência”, sejas cuidada, não permita que “meu tesouro” não te traga riquezas e alegrias.



Sim dói, dói bem mais do que pensava... as raízes são profundas demais.

Sei que “meu tesouro” não entenderá, mas não te preocupes, não te culpará...ele achará que teu EU não tem por ele mais todo apego...ele poderá sentir raiva, ódio de teu EU, insistirá demais e isso será muito difícil para teu EU... Ele me culpará.

Mas “é preciso exigir de cada um o que cada um pode dar.”



Oh “minha consciência”, nunca mais é muito tempo, logo nos veremos em nosso mundo...

E sabes bem tu que me sinto responsável pelo que cativo, também estarei atenta a teu chamado.





“A gente só conhece bem as coisas que cativou (...) É preciso ser paciente.”


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sera que ele comeu a rosa?

“Eu percebia claramente que algo extraordinário se passava, Apertava-o nos braços como se fosse uma criancinha; mas tinha a impressão de que ele ia deslizando verticalmente no abismo. Sem que eu nada pudesse fazer para detê-lo.(...)
O sentimento do irreparável falou-me de novo. E eu não compreendi que não podia suportar a idéia de nunca mais escutar esse riso. Ele era para mim uma fonte no deserto.”


.Meu bem, não quero que vás...é com lágrimas nos olhos que escrevo..entendo tua necessidade de se enterrar...entendo sim...mas não aceito e não concordo... mas respeito e te darei o carneirinho, a caixa e a mordaça...mas tomarei a precaução de dar-te a corda (assim poderás prendê-lo e tua rosa estará a salvo)

...se assim o queres ainda serei tua consciência, mas além disto estarei em alerta a qualquer chamado teu...e basta que penses em mim e serei teu colo...

..quanto a cobrir o buraco..não sei se sou capaz...mas por ti tentarei...descobri que não sei enterrar pessoas em vida...mesmo sabendo que és semente e que precisas disso para que voltes a vida...mesmo assim, fica a impressão de nunca mais..e nunca é tanto tempo...


..sei o quanto dolorido é me entregares “teu tesouro”...e mesmo triste, sinto-me honrada, pois sei que não darias ele para qualquer um...mas já aviso: ele não vai entender...e eu serei a única culpada...mas acredite cuidarei dele..cuidarei sim...tenho medo de fracassar e te decepcionar...mas com todo o amor que há em meu coração: Comprometo-me a cuidar dele...


“Para vocês, que amam também o principezinho, como para mim, todo o universo muda de sentido, se num lugar, que não sabemos onde, um carneiro, que não conhecemos, comeu ou não uma rosa”

"parecerei estar morrendo..."

Comecei a cavar o buraco...sim um buraco...quando precisamos enterrar algo primeiro é preciso cavar...
Farei ele retangular, terá que ser grande...sei, não caberá tudo...mas ficarei com um pouco (lembranças talvez).
Não é fácil cavar um buraco, você precisa de força, vontade e alguns instrumentos. O esforço é continuo...poderão aparecer calos e até mesmo sangrar as mãos, ainda mais quando é um enorme buraco.

Mas se quer enterrar tem que cavar...

O suor cairá por minha face, parecerei cansada de tanto trabalho e realmente estarei, cansada e triste, sim pensarão que terei enterrado a mim mesma.
Mas te confesso o segredo de cavar o buraco é ir se preparando para o “enterro”.
Ah, e esse o enterro... esse não me parecerá fácil, mas me prepararei durante a minha escavação.

Dói, não me sinto preparada.

Essa palavra (enterrar), pode parecer mórbida as pessoas grandes, mas sei que você entenderá, entenderá a necessidade...pelo menos a você peço a compreensão.
Pois sabemos que enterrar também pode trazer vida, sementes transformam-se assim.

Ainda assim serás minha consciência...e como tal te peço que nos encontramos em palavras e pensamentos.
Também serás responsável por cuidar de “meu tesouro” e faça com que cuide de você.
A de se deixar bens e esse é um dos meus maiores bens é a você que o deixo.

A você também caberá me ajudar a cobrir o buraco. Se tentar desistir dessa tarefa, você não deixará, mesmo vendo meu sofrimento.

“Eu parecerei estar sofrendo...parecerei estar morrendo. É assim. Não venhas me ver. Não vale a pena...”

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sim, também não entendi...

“... todos aqueles que não se importam com a importância que lhes dedico peço a gentileza de se dirigirem à casa do caralho!!! (...) Canseiiiiiiiiiiiii...de ser madura, cansei de entender tudo, de achar uma explicação adequada pra cagada dos outros...canseiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii..” (o grifo é por minha conta)



Não estenderei a conversa hoje, até por que minha vida de cogumelo não me permite.



Não usarei “das belas” palavras de minha consciência pra aqui externizar todo o meu desafeto pelos “outros”...



Sim também cansei...chega de ver além das aparências, de achar motivos e tentar entender atitudes ridículas...
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(gargalhadas)... Ingenuidade nossa pensar que podemos deixar de nos importar, de tentar não achar explicações para as falhas alheias. Por mais que nossa fúria se alastre, nossas atitudes nos condenam...







(...)









Não quero gritar, não quero xingar...

Apenas quero ir ...











“... me desenha um carneirinho?”

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

GRITEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH..
quando não souber o que fazer grite: grite o mais alto que puder..grite até que todos os fantasmas corram com de medo de ti!!!!!!!!!
AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
AHHHHHHHHHH
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
As favas com o que os outros pensam de mim....e a todos aqueles que não se importam com a importância que lhes dedico peço a gentileza de se dirigirem à casa do caralho!!!(com todo o respeito, não mandaria a puta que o pariu porque a santa mãezinha deles não tem culpa!)
Senhores, leitores desta neurose absoluta, não utilizarei pensamentos agradáveis, nem tentarei explicar sentimentos hoje...dou me a vênia de usar um vocabulário esdrúxulo...e xingar quem eu quiser...que a boa educação vá habitar a casa do capeta...
Canseiiiiiiiiiiiii...de ser madura, cansei de entender tudo, de achar uma explicação adequada pra cagada dos outros...canseiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii..quero que vá todo mundo pro inferno....cansei do joguinho besta de fingir coisas pra provocar outras...de fingir sentimentos...de inventar outros tantos...e desinventar depois..cansei de me proteger pra não sofrer e sofrer por me proteger....
Senhores, esta pobre consciência hoje não tem condições de dar qualquer testemunho válido..o fato é que está tudo embaralhado, e por mais esforço que faça, não produzo uma única linha com sentido razoável (não que até agora alguma linha tenha tido isso)...é nisso que dá mandar uma consciência fazer terapia...agora confundiu tudo... e até desconfundir..
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
BUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
Ass. Tua Consciência (insana hoje)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Ufa consigo respirar."

É fascinante te ver “citar Dom Casmurro”, Machado fascina... me apossarei dele para iniciar ou continuar, minha, tua, nossa viagem... “Pois, francamente, só agora entendia a comoção que me davam essas e outras confidências (...) Os silêncios dos últimos dias, que me não descobriam nada, agora os sentia como sinais de alguma cousa, e assim as meias palavras, as perguntas curiosas, as respostas vagas, os cuidados, o gosto de recordar a infância.”



Ah “minha consciência” no fundo do oceano há vida... são todas dotadas de especiais habilidades para lidar com o escuro...enxergam além e através da imensidão negra...

Trazes-me a infância e tudo se torna diferente mesmo estando no fundo do oceano... fecho os olhos e logo sou peixe, cavalo marinho, estrela do mar, até mesmo um tubarão, “rrrrr...te dou medo?” (risos) ...

“Ufa consigo respirar.”

Quantos sentimentos me trazem tuas confidências... tinhas razão, me levas aos extremos...mas eu te entendo, mesmo quando não me confidencias...



Sei bem o quão realistas és, e sabes tu que não seria correto iludir-me... já a Fé, ah a Fé, queria eu acreditar, porém aqui onde estou ela não passa de esperança...e essa “minha consciência” a ESPERANÇA, é desgraça de palavra, comparo esse sentir a um “conta gotas cheio de veneno”, ao qual nos “medicamos”, gota-a-gota, dia-a-dia...costumo dizer que a “esperança é a última que mata”... tal desgraça que nos prende ao que nos fere, pois nos faz acreditar na mudança, essa ocorre, mas não de acordo com nossos tão sonhados desejos. “Tola EU”.

Sim perdi a “fé” e culpo a “esperancinha”.



Os outros... “Elas são assim mesmo. É preciso não lhes querer mal por isso.”...

“(...) havia, como em todos os outros planetas, ervas boas e más. Consequentemente, sementes boas , de ervas boas; e sementes más, de ervas más.”





... As vezes deixar o mistério do país das lágrimas nos invadir faz bem. (Minha Consciência)