quarta-feira, 29 de setembro de 2010

TA

Um dia me pediu que fizesse um texto para você

E eu nunca consegui...

Até por que escrever para você seria representar em palavras todos meus pensamentos, e dias.

Seria ditar letra por letra todas as músicas que me lembram você.

Seria tentar relatar o cheiro do seu perfume com perfeita harmonia para que quem lesse o sentisse...

Seria falar de momentos, lugares, pessoas as quais me trazem sua imagem constantemente.

Fazer um texto a você significa falar de algo que talvez nunca soubesse expressar em palavras.

É descrever momentos lindos, é descrever uma pessoa linda, que me ensinou tanta coisa principalmente a ser feliz.

Tornar versos tudo isso é tão difícil... Talvez ainda precise aprender mais com você.

Pois sempre tornou verbo e gestos tudo que sentiu.



Escrever para você é falar de pele, de cheiro, de carinho, de amor

É dizer q esperei por vc, é fechar os olhos e te ver na minha frente sorrindo é dormir falando ao telefone depois de horas de conversa.

Escrever para você é imaginar o futuro a dois , a três...

É lembrar de planos, de promessas, de sonhos.

É chorar de vontade de começar tudo de novo, de voltar atrás e fazer diferente...

É chorar de saudades...

TA

domingo, 26 de setembro de 2010

...

Em frente ao monitor fico a pensar o que posso relatar nesse recinto que criei para escrever o que nem sempre consigo falar.

Nesse lugar joguei palavras, pensamentos, escrevi muitas ou quase todas às vezes a mim mesma.

Alguns aforismos, algumas vivências, pedidos, idéias soltas e diversos sentimentos.

Aqui há música em cada texto, há cheiros e lembranças, há pessoas e essas são muitas e muitas dessas sou eu.

Já escrevi sorrindo, chorando, séria, brava....falei de perdas, de amores de amigos e de coisas que só eu entendia e entendo, que só eu sei o que signifircaram e significam em minha vida.

Quis por vezes ser comprendida e outras lacuna a ser preenchida pela vivência de quem lia.

Trouxe alguns de meus dias e muito de meus anos.

E mesmo sendo quase todos meus textos em alguns também não compreendia a expressão de minha alma.

Encontrei calma e inquietação...e desafetos, esses com minha pessoa.

E agora me pego a pensar se teria eu condições de manter essa “relação”, se há como ainda trazer o mais escondido de meu ser a esse.

Se ainda tenho como expressar o que penso e sinto sem ocasionar

Minha total nudez e fragilidade a quem está de passagem.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ainda não consigo..

Hoje deixarei que role por minha face a angústia...

Me permitirei provar o correr da lágrima em meu rosto

Sem me sentir diminuida por isso, ou ruborizada.

Quero poder tirar a responsabilidade da alegria

E aceitar à tristeza... Deixar-me levar nesse sentimento...

Fecharei o olho e consentirei que experimente todas as reações que essa

traz em meu ser...

O peito apertado, os olhos marejados,

A vontade de gritar a dor e ao mesmo tempo de cair ao chão

Prostando-me perante a pequenes de minha alma.



Abraçar-me e alcançar o meu perdão, as coisas que fiz de errado e

A algumas outras as quais não tive culpa, mas que ainda transporto...

Entender que o que passa, passa e que é preciso continuar...



Hoje quero o aconchego do meu lar,

O abraço de meu leito e o colo de meu travesseiro....

E que nesse conforto, nesse descançar do corpo,

Queira também minha alma repousar...

Cores...

Sou mistura de cores,

Sou branco, azul, vermelho...

As vezes um tanto verde.

Mas nunca incolor.



E penso que essas cores,

Essa minha mistura

Representam bem as fases

Que vivo, as coisas que sinto....



Há os dias azuis, onde tudo é lindo...

O dias vermelhos e esses de amor ou de raiva....

Os dias brancos de calma, de paz...

Os dias laranja de tempo bom...



Há os dias amarelos de muita graça...

Os dias rosa os quais são meigos...

Os dias marrom ou roxos, aí de mau humor....

Os dias pretos de luto, tristeza...

Tem os dias que parecem ser um arco-íris....



E há os dias como hoje,

Cinza.....

domingo, 19 de setembro de 2010

Desconhecido....

"Eu não sou você

Você não é eu

Mas sei muito de mim

Vivendo com você

E você, sabe muito de você vivendo comigo?

Eu não sou você,

Você não é eu

Mas encontrei comigo e me vi

Enquanto olhava para você

Na sua, minha, insegurança,

Na sua, minha, desconfiança,

Na sua, minha competição,

Na sua, minha, birra infantil,

Na sua, minha, omissão,

Na sua, minha, firmeza,

Na sua, minha, impaciência,

Na sua, minha, prepotência,

Na sua, minha, fragilidade doce,

Na sua, minha mudez aterrorizada,

E você se encontrou e se viu, enquanto olhava pra mim?

Eu não sou você

Você não é eu

Mas foi vivendo minha solidão

Que conversei com você

E você conversou comigo na sua solidão

ou fugiu dela, de mim e de você?

Eu não sou você,

Você não é eu

Mais sou mais eu , quando consigo

Vê-lo, porque você me reflete

No que ainda sou

No que já sou e

No que quero vir a ser...

Eu não sou você

Você não é eu

Mas somos amigas, enquanto

somos capazes de, diferenciadamente,

eu ser eu vivendo com você e

você ser você, vivendo comigo."

Ellens....

"Em cima da minha cama tem um edredon
Uma pasta preta e um violão marrom
Eu sentada a esquerda com pose de buda,
Muda o dia da semana e a vida não muda.
Um pijama azul piscina meio desbotado
Um controle cinza em preto, um gravador ligado
Um copo de água e um de leite com café
Um telefone sem fio, um chinelo sem pé
Um jogo de resta um, um tapete no chão
Dois cãezinhos sobre o móvel da televisão
Um anel de pedra verde, um abajur lilás
sobre o móvel que eu comprei nas lojas marabraz
uma porta arreganhada pra entrar o vento
uma bolsa semi aberta com tranqueira dentro
Um ventilador de teto e dois fios longos
Não refresca e é cabide pra pôr pernilongo
Vai o dia vem a noite mais uma semana
Durmo sozinha largada em 2 metros de cama
Não Importa, eu não ligo se a vida me engana
Você pode me odiar, mas tem quem me ama."

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quero não

Nesse momento em que passo de dias de sol, aos quais meus pensamentos e vontades mudam constantemente com vento, quero fazer uso das Palavras de Bruney Mavigno o qual diz:

“Sábio é aquele que consegue durante as conquistas aprender o máximo com elas. Porque nada é eterno. Nem que seja com a morte as coisas um dia acabam.

E as vezes acabam sem a gente querer, ou mesmo entender o porque acabaram

mas se somos sábios aprenderemos a lidar com as perdas e com as conquistas de cada dia.

Cada dia conquistamos algo. Cada dia perdemos algo. E cada dia algumas coisas são transformadas.

E diante do balé da vida com suas idas e vindas nos resta aproveitá-la, não se esqueça de viver cada dia como se fosse o último

Uma vez disse um sábio - o amanhã não existe, pois assim que ele chegar se tornara o hoje. E o que era hoje se tornara passado -.

E o tempo que passou não volta mais, portanto não teremos a chance de tentar outra vez.

Será tudo diferente ... E eu não quero viver me perguntando como seria se tivesse falado se tivesse feito se tivesse.....

não! A vida deve ser vivida intensamente sem medo de se jogar assim devemos ser...”



Penso que a compreensão eu tenho, talvez me falte a sabedoria de colocar em prática.

Ou será o medo???

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

...estamos nos perdendo.

Vivemos no mundo do “eu”. Onde o que procuramos é nos favorecermos sempre, um planeta ao qual o que mais importa é a satisfação temporária de vontades atendidas. Egoísta, Egocêntrico, Interesseiro, Individualista, Ambicioso, totalmente mercantil. Onde as convivências são baseadas em interesses e cada um tem seu preço. Nesse globo esquecemos o outro. Olhamos tudo a nossa volta da forma que queremos e quando isso não é possível tentamos adequar ao máximo para que fique o mais próximo do que desejamos....E se for necessário, para satisfazer nossos interesses, usamos, iludimos, magoamos, desprezamos, afligimos, lanhamos, mortificamos, abandonamos, desamparamos, defavorecemos, atormentamos e toruramos. As relações são baseadas em trocas e se pudéssemos sairíamos com um copinho medindo o que cada um dá de sentimento, para darmos o mesmo tanto que recebemos. Vivemos no mundo de pessoas razas, vazias, superfíciais, onde não se há a pretensão de aprender, de evoluir, de entender o que se passa a sua volta. Perderam o significado de ser para substituir pelo ter. Esqueceram a educação, o respeito o amor ao próximo e a si próprio, porque cultivar-se dessa maneira individualista não é amar-se. Abafaram o sentido de comunidade, de partilha, de humanidade, amizade, compaixão. Abandonaram o tempo da escuta, do parar, do pensar, do caminhar tranquilamente, do olhar nos olhos, do sentar embaixo de uma árvore ou a beira do mar, do caminhar descalço, do elogio franco e sincero, de admirar a beleza de uma flor e a delicadeza do beija-flor ao sugar-lhe, do sentir um abraço apertado, de uma conversa fiada, de amar o dia de sol e o tomar banho de chuva. Não permitem-se sentir sem esperar em troca, poder sofrer sabendo que não é para sempre, que aquilo passa, e de ser feliz reconhecendo o mesmo, pois também passa. Não se entregam a um amor, a uma amizade de corpo e alma. Desconfiam sem motivo, ao invez de confiar até que lhe mostrem o contrário. Amam mais a tudo do que sua própria espécie. Largaram aos confins a pureza e magnitude do sorriso, da brincadeira, da imaginação, do sonhar. Desfizeram-se da importância do cheiro, do toque, do paladar do ouvir. Passam maior parte do tempo tentanto ser o que os outros querem que sejam do que sendo a si mesmo. E esquecem que a felicidade vem de dentro para fora e que as únicas pessoas que podem alcançá-la dentro de nossas almas somos nós mesmos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Fora de mim.

Talvez hoje disserte sobre a nostalgia,

ou devaneie sobre a vida que podia ter...

Quem sabe fale sobre egos (e nesse momento do meu).

ou apenas silencie esperando alcançar o que tanto preciso.

Ilusão minha tal passo sendo que não o reconheço em meu caminho.



O que procuro???



Hoje penso e quero dizer

Que não aspiro mais sentir,

Que cobiço sair de meu corpo

E me deixar.

Quero somente poder ver o meu eu

Sem estar em mim

Poder enxergar meu ser por completo

De um ângulo que não o meu.

Quero entender-me no conjunto ao qual estou.

E poder então saber como sou aos olhos do outro.

E nesse mundo que não é meu,

possa aceitar que sou sentimentos, ou que sou razão.

Talvez os dois juntos.

Então do outro lado da rua me olhe,

e veja que aos olhos dos diversos,

 posso ser muitas pessoas

As quais eu não imaginava

As quais eu não sou.



Você, como me vê? como se vê?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E que o Zeca continue por mim...

Eu não quero ver
Você cuspindo ódio
Eu não quero ver
Você fumando ópio
Prá sarar a dor
Eu não quero ver
Você chorar veneno
Não quero beber
O teu café pequeno
Eu não quero isso
Seja lá o que isso for...

Eu não quero aquele
Eu não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo
Acenando tchau...

Não quero medir
A altura do tombo
Nem passar agosto
Esperando setembro
Se bem me lembro
O melhor futuro
Este hoje, escuro
O maior desejo da boca
É o beijo
Eu nao quero ter o tejo
Me escorrendo das mãos...

Quero a Guanabara
Quero o rio Nilo
Quero tudo ter
Estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo
Água e sal...

Nada tenho
Vez em quando tudo
Tudo quero
Mais ou menos quanto
Vida, vida
Noves fora zero
Se é assim, quero sim
Acho que vim prá te ver...

"Nego sinta-se feliz..."

Se o assunto é sentimento

Que sejamos sinceros ao admitir

Que esses vêm do mesmo jeito que se vão...

Que existem... indiferentes de serem ou não correspondidos.

E hoje como diria o meu amigo Zeca Baleiro:

“acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado,

de bater na porta do vizinho desejar bom dia...”.

Não preciso de motivos claros para isso, além dos que sinto.

Não preciso que me entendam ou que saibam o que se passa com minha alma.

Nem tão pouco me cobrar sobre meus pensamentos.

Apenas quero poder viver tudo isso.

Da melhor forma, do melhor jeito....Entendendo que tudo passa.

E que o que hoje parece perfeito...Amanhã pode ser nada....

Quero apenas expressar o melhor de mim,

Sem confiar nos outros a minha felicidade.

Quero me permitir sentir sempre,

Sem esperar...por que quem espera para...

domingo, 5 de setembro de 2010

Metade (Oswaldo Montenegro)

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

É só um dia....

Tem dias que a vontade é gritar ao mundo liberdade.

Dia de colocar a mochila nas costa e ganhar o chão,

Pelas longas estradas que a vida nos reserva...

Há os dias que a vontade de chorar é

Maior que a de sorrir,

Mesmo que não haja motivos para nenhum dos dois.

Nesses dias as perguntas são mais frequentes

E as respostas mais complicadas,

E fica dificil se reconhecer em meio a tantas incertezas.

É em dias assim que tudo que queremos

É o silêncio da noite

E o aconchego da solidão...

É em dias assim que pensamos

O quanto nos falta pra entender

O que nem mesmo a vida consegue mostrar.

Então nos encolhemos em um cantinho escuro

Como se ali os problemas não nos achassem.

Como se ali esse vazio dos dias não alcançassem

Nossas almas...