sábado, 31 de outubro de 2009

Somos Anjos de Única Asa.

Morena de cachos perfeitos e largo sorriso, me pedes que escreva para ti sobre amizade??


Ai, Ai...Por muito tempo acreditei ser esse o sentimento mais perfeito que o ser humano podia cultivar. Não imaginava nenhuma outra relação sem que esse sentimento fosse à base de tudo.

Olhava as pessoas e as via anjos de apenas uma asa, e quando via grandes amigos, percebia que cada qual tinha sua asa, mas que elas, as asas, se completavam e que ao darem as mãos, juntos voavam alto. E aquilo era maravilhoso.

Mas com o passar do tempo, notei que alguns desses anjos de uma asa, tinham grandes machucados, feridas, e dores...andavam de olhos baixos e lacrimejantes.
E não entendia bem o que se passava.


Porém um dia experimentei, permiti eu também, encontrar um grande amigo. E eis que achei, e experimentei como era bom voar, como era maravilhoso todo aquele sentimento.
Apesar de não ter meus pés no chão, me sentia segura, pois alguém voava comigo e segurava em minha mão. E isso me encorajava dia a dia...


Mas...


Há outros tantos anjos de uma única asa, e por várias vezes voamos em “bando”, ou trocamos de parceiros de vôos... e foi então que entendi o porque de alguns anjos machucados.
Muitos anjos de uma asa, trocavam de parceiros em pleno vôo, deixando cair seus amigos.
E isso os machucava muito.


Muitos nunca mais voltavam a voar devido as feridas, os machucados...No entanto outros tantos ainda preferiam o risco de cair das alturas, pelo simples gosto de novamente sentir a pureza e a liberdade do vôo. Alguns conseguiam agregar muitos outros parceiros de vôo e formavam uma enorme manifestação de amor.


E foi assim, voando e caindo que aprendi que a amizade é um lindo sentimento, mas assim como todos os outros alegra, ensina e dói.


Mas minha mão estará estendida pois a liberdade e a emoção do vôo ainda me cativam.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Olhos azuis.

E você partiu, e foi tão estranho, a dor não me tomava, e sim um incomodo tão grande...
Fiquei por vezes olhando tua roupagem já sem vida e minha mente percorreu teu passado.

Imaginei o quanto tinhas penado...pensei quantas vezes terias deixado de viver como querias, ou de ter tuas vontades atendidas pelos outros.

Será que acolheram tuas dores, será que tivestes o colo, a atenção e o carinho que precisavas.

Quantas vezes sentistes sozinha, ou encontrastes em desespero e dor.

Que sementes foram plantadas pelas tuas vivências.

Quem eram teus queridos, teus amigos, as pessoas as quais podias falar de ti, sem medo, as quais podias te mostrar como realmente eras...

Pensei se por vezes não sentiste como eu.



Fecho os olhos e ainda vejo tua respiração difícil, e teus olhos azuis a trocar meu nome.
Naquele momento compadeci de tua dor e fiquei a imaginar como teria sido diferente, se tivéssemos nos conhecido. Tão pouco soube eu de ti, e tão pouco tu sabias de mim.


Mesmo não sendo próximas, foi difícil aceitar que te veria só mais aquela vez.

Com a face molhada nos despedimos...



Não sei se farás parte da minha vida de novo, mas se isso acontecer quero poder conhecer todo o teu ser, e espero que venhas com esses lindos olhos azuis.




Que Ele te receba e te acolha em seus braços.







domingo, 25 de outubro de 2009

Mesma parada.

Vejo-a deitada, respiração e fala difícil...nunca fomos unidas, nem tão pouco tínhamos um vinculo de carinho, porém amo muito quem a ama.



Mas, vê-la me fez pensar.


O que somos nós, além de meros seres imperfeitos. Vivemos nesse mundo, muitos de nós, achando que o mundo gira exclusivamente a nosso favor, que somos os únicos merecedores de tudo.


Merecedor do agradecimento, da atenção, do carinho, do perdão, da compreensão, da presença... Como se sempre estivéssemos no mais alto pedestal.


Porém agradecimentos, atenção, carinho, perdão, compreensão, presença, não deveriam ser merecimento de alguém, e sim modo de agir dessa pessoa.






Para que tanta empáfia, tanta luxúria, se vamos todos parar um dia na mesma estação...






Hoje confesso ser, uns dos dias mais tristes de minha vida, (tudo bem que esses tem se repetido com freqüência) e nem foi só por vê-la assim, mas sim por tudo que se passou em minha cabeça...






Cada dia mais percebo que somos tão insignificantes e pequenos.


E refleti, serei eu tão “pobre” criatura para me sentir tão só nesse momento?


Não sei, só sei que não me foram solícitos aqueles aos quais tive apreço.






E mais uma vez te olhei, e a minha mente veio, também os teus queridos, não foram solidários com tua dor.


“A gente leva da vida, a vida que se leva..”





quinta-feira, 22 de outubro de 2009

...

Poderia eu saber o que escrever em tais linhas, se meu mundo não estivesse girando com tamanha velocidade ao ponto de me dar náuseas.




Quantas coisas se passam em meu ser, em meu viver e em minha alma.


Alma essa cansada, precisando de luz.






O bagunça, o ser bagunçado... Turbulência estendida.


Por vezes sinto-me incompreendida. Mas creio que isso é ordem natural de vivência. Até porque também não tenho compreensão.






Não encontro mais o equilíbrio de meus sentimentos. Isso me angustia.






Mas é essa a vida que navego, horas de calmaria, dias de tempestades.






“[...] vi o sol se pôr quarenta e quatro vezes!”

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Bom, voltando ao foco.

Agora sim falaremos de sentimentos, de tempo, de mudanças.



Ah, esses sim, me tiram as estribeiras por vezes.



Sempre soube que sentias, mesmo quando nem a ti mesmo admitias isso... Penso que, admitir o que sentimos e um tanto complicado, ainda mais quando não aceitamos. Trata-se de uma forma de se resguardar. Mas se resguardar do que mesmo?



Concordo com “minha consciência” quando fala que fatos, fatores nos fazem mudar, mas esses acontecem com o tempo, não creio que esse, o tempo, seja mero coadjuvante.


Acredito que algumas atitudes podem acelerar ou retardar esse tempo, mas ele age independente delas.



Já as dores, deixamos essas de lado.



É às vezes não compreendo minha alma, por dias me sinto sem ela...


“... acredito que nem tu saibas ao certo...ou tenha medo de ter certeza.”


É “minha consciência” pode ser isso, pode ser que não saiba, pode ser que não queira ter certeza, mas medo de decidir não; posso ter medo das conseqüências, mas não das decisões.



Sim somos os únicos responsáveis pela nossa felicidade e enquanto não percebemos isso jogamos essa responsabilidade nos outros, e é pesado demais ser responsável pela felicidade de alguém, e triste demais depender de alguém pra ser feliz.




Mas a vida é assim essa bela melodia de sentimentos, onde todos sentem as mesmas coisas, possuem a mesma escala musical (amor, ódio, carinho, ciúmes...), mas nossas atitudes e intensidade perante tais sentimentos é o que nos diferencia. Apesar da escala musical ser a mesma podemos criar vários tons e sons.
Que façamos cada um a nossa melodia.

sábado, 3 de outubro de 2009

Não compreendo.

Aqui de cima dessa pedra vejo o mar, e um pedaço de terra, o vento está forte.


Não me atarei a suas escritas “minha consciência”... Mas voltarei a falar desses seus dizeres. Talvez hoje se colocasse meus sentimentos nessa página gritaria como já gritastes um dia. Restrinjo-me a dizer que se houvesse a escolha... Não, não sentiria, ficamos vulneráveis quando sentimos.







“Vergonha? Por que deveriam as vítimas sentir vergonha?[...]De que essas pessoas tinham que se envergonhar? Elas eram vítimas inocentes![...] A vergonha que sentiam era a da impotência[...]não é a crueldade dos agressores, mas seu próprio sentimento de impotência.

Aprendi uma grande verdade com eles. Quando temos sede de vingança, não estamos de fato atrás de vingança. Simplesmente desejamos recuperar o senso de poder e dignidade que nos foi roubado. Se houvesse uma maneira moralmente menos degradante de nos sentirmos investidos de poder quando nos vemos diante do adversário, se pudéssemos reivindicar o poder sobre ele sem precisarmos feri-lo, a maioria de nós ficaria satisfeita com isso. [...] não precisamos prejudicar outra pessoa a fim de reivindicar a satisfação que achamos que a vingança nos proporcionará. SE NOSSO ANSEIO REALMENTE FOR RECUPERAR A SENSAÇÃO DE QUE TEMOS PODER PESSOAL, DE QUE FOMOS RESTAURADOS, EXISTEM OUTRAS MANEIRAS DE OBTER ISSO QUE NOS FARÃO SENTIR MELHOR COM RELAÇÃO AO TIPO DE PESSOA QUE SOMOS.” (Do Livro: Tipo de Pessoa Você Quer Ser de Harold S.Kushner).



“Apesar da sinceridade do seu amor, logo começara a duvidar dela. Levara a sério palavras sem importância, e isso o fez sentir-se muito infeliz.”