quarta-feira, 21 de abril de 2010



Daqui desse lugar posso ver o quão improvável é entender a demora para poder retornar,
Quantas mais vivências terei que ter e tentar compreender...
Ah quando essa saudade bate, como fica difícil querer ficar, queria poder lembrar o caminho, as pessoas o lugar...
Mas não lembro, mas com certeza esse aqui não é.
Aqui sou perdida, sou diferente, incompreendida, e às vezes um tanto inocente. Em outras me acho, me encaixo e me deixo ser como o todo.
Entendo o que muitos não percebem e não compreendo o que a maioria diz ser assim.
E em outro tempo não percebo e viro maioria também.
Me sinto muitas em uma e uma em muitas
Me confundo, me enrolo, me isolo.
Me bagunço, me reviro, me limito, me embaraço.
Me perco, me perco e não me acho.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Homenagem ao Rei I

Eu não posso mais ficar aqui
A esperar!
Que um dia de repente
Meu olhar se perda na poeira
Dessa estrada triste
O sol que queima
No meu rosto
Traz um resto de esperança

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo

Vem a chuva, molha o meu rosto
E então eu choro tanto
Minhas lágrimas
E os pingos dessa chuva
Se confundem com o meu pranto...

Olho prá mim mesmo e procuro
E não encontro nada
Sou um resto de esperança
À beira de uma estrada...

Tudo, tudo, tudo
Se confunde em minha mente
Minha sombra me acompanha
E vê que eu
Estou morrendo lentamente...
Não posso mais
Ficar aqui sozinho
Esperando a vida inteira

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo...


(Trexos retirados de uma música do Roberto)