segunda-feira, 13 de setembro de 2010

...estamos nos perdendo.

Vivemos no mundo do “eu”. Onde o que procuramos é nos favorecermos sempre, um planeta ao qual o que mais importa é a satisfação temporária de vontades atendidas. Egoísta, Egocêntrico, Interesseiro, Individualista, Ambicioso, totalmente mercantil. Onde as convivências são baseadas em interesses e cada um tem seu preço. Nesse globo esquecemos o outro. Olhamos tudo a nossa volta da forma que queremos e quando isso não é possível tentamos adequar ao máximo para que fique o mais próximo do que desejamos....E se for necessário, para satisfazer nossos interesses, usamos, iludimos, magoamos, desprezamos, afligimos, lanhamos, mortificamos, abandonamos, desamparamos, defavorecemos, atormentamos e toruramos. As relações são baseadas em trocas e se pudéssemos sairíamos com um copinho medindo o que cada um dá de sentimento, para darmos o mesmo tanto que recebemos. Vivemos no mundo de pessoas razas, vazias, superfíciais, onde não se há a pretensão de aprender, de evoluir, de entender o que se passa a sua volta. Perderam o significado de ser para substituir pelo ter. Esqueceram a educação, o respeito o amor ao próximo e a si próprio, porque cultivar-se dessa maneira individualista não é amar-se. Abafaram o sentido de comunidade, de partilha, de humanidade, amizade, compaixão. Abandonaram o tempo da escuta, do parar, do pensar, do caminhar tranquilamente, do olhar nos olhos, do sentar embaixo de uma árvore ou a beira do mar, do caminhar descalço, do elogio franco e sincero, de admirar a beleza de uma flor e a delicadeza do beija-flor ao sugar-lhe, do sentir um abraço apertado, de uma conversa fiada, de amar o dia de sol e o tomar banho de chuva. Não permitem-se sentir sem esperar em troca, poder sofrer sabendo que não é para sempre, que aquilo passa, e de ser feliz reconhecendo o mesmo, pois também passa. Não se entregam a um amor, a uma amizade de corpo e alma. Desconfiam sem motivo, ao invez de confiar até que lhe mostrem o contrário. Amam mais a tudo do que sua própria espécie. Largaram aos confins a pureza e magnitude do sorriso, da brincadeira, da imaginação, do sonhar. Desfizeram-se da importância do cheiro, do toque, do paladar do ouvir. Passam maior parte do tempo tentanto ser o que os outros querem que sejam do que sendo a si mesmo. E esquecem que a felicidade vem de dentro para fora e que as únicas pessoas que podem alcançá-la dentro de nossas almas somos nós mesmos.

Um comentário:

Nado Xavier disse...

Curti o txt Faby... massa! Tu escreve mto bem!!!

bjuuu

=]